“Síntese do texto: Corpo,
gênero e sexualidade na infância”
O
texto ressalta reflexões acerca de questões de gênero, sexualidade e corpo
existentes nas ações da educação infantil. Falar sobre sexualidade na educação
infantil ainda não é privilegio entre os projetos pedagógicos em boa parte das
escolas. Pois, os professores continuam a professar as práticas pedagógicas
tradicionais. Porém, corpo, gênero, e sexualidade estão vigentes em todas as
ocasiões e lugares, e atua, alicerça seu jeito de viver, de ser, de se lançar
no mundo. A sexualidade se apresenta através do corpo, na subjetividade única
de cada sujeito. Está relacionada à vida, sensações, sentimentos e emoções.
Como envolve dimensões humanas, é um tema difícil de ser tratado e por isso,
permeado de dúvidas, preconceitos, estereótipos e tabus.
A exemplo de Foucault (1987), existe os “corpos dóceis,
corpos submissos”, aqueles submetidos a disciplina. Temos como exemplo disto, o
espaço escolar, a sala de aula especificamente, onde os corpos dos alunos estão
completamente disciplinados para fazer aquilo que lhe for ordenado, sendo
manipulados a seguir horários, gestos e discursos.
Em concordância
com o autor, destacamos que a sexualidade é definida pela produção histórica,
política e contextual, sendo conservada por sistemas de valores familiares,
culturais e sociais vigentes. E na escola é da mesma maneira, a sexualidade é
normatizada. E o professor torna-se fruto de uma educação repressora.
O tema corpo,
gênero e sexualidade vem sendo espalhado pelos meios de comunicação, através de
propagandas, programas infantis, filmes (Disney), novelas, revistas masculinas
e femininas, internet, televisão, são vários estímulos voltados as questões de
sexo e sexualidade. E diante de tudo isso as crianças vivem diariamente com
cenas de sexo, são motivadas a erotização precoce, através da imitação de
comportamentos sugeridos por músicas e coreografias, que estimulam a
sexualidade e a sensualidade. É importante ressaltar que na maioria dos filmes,
as imagens expressam os papeis de homem e mulher e frequentemente colocando o
papel do homem como de autoridade, poder, domínio, e as mulheres submetidas aos
caprichos dos homens. E quando aparecem como papel principal, são consideradas
rebeldes, diferentes e corajosas, não sendo declarada como mulher comum. E com
estas cenas as crianças buscam saber o porquê. Querem se descobrir como homens
ou mulheres, querendo saber sobre as diferenças existentes entre si, e a escola
deve dá o apoio neste processo. O PCN para o Ensino Fundamental, atribui aos
tópicos corpo, sexo, sexualidade a condição de tema transversal, porém,
infelizmente, são poucos trabalhados pelos educadores.
A primeira
educação sexual tem seu início nos primeiros contatos da mãe com o bebê, e em
seguida ao adentrar na escola. Neste caso, o professor/a de educação infantil
deve ter cuidado, pois são as experiências que marcam a existência do EU
infantil, que está em formação e que vai se fixando na interação com o outro.
As atividades e jogos realizados na escola de educação infantil são importantes
princípios de diálogo e aprendizagem sobre corpo, gênero e sexualidade. É de
grande relevância abordar a temática corpo, gênero e sexualidade, sendo
realizada de forma prazerosa e firmar-se em projetos permanente na escola.
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