segunda-feira, 29 de agosto de 2016

“Síntese do texto: Corpo, gênero e sexualidade na infância”



            O texto ressalta reflexões acerca de questões de gênero, sexualidade e corpo existentes nas ações da educação infantil. Falar sobre sexualidade na educação infantil ainda não é privilegio entre os projetos pedagógicos em boa parte das escolas. Pois, os professores continuam a professar as práticas pedagógicas tradicionais. Porém, corpo, gênero, e sexualidade estão vigentes em todas as ocasiões e lugares, e atua, alicerça seu jeito de viver, de ser, de se lançar no mundo. A sexualidade se apresenta através do corpo, na subjetividade única de cada sujeito. Está relacionada à vida, sensações, sentimentos e emoções. Como envolve dimensões humanas, é um tema difícil de ser tratado e por isso, permeado de dúvidas, preconceitos, estereótipos e tabus.
            A exemplo de Foucault (1987), existe os “corpos dóceis, corpos submissos”, aqueles submetidos a disciplina. Temos como exemplo disto, o espaço escolar, a sala de aula especificamente, onde os corpos dos alunos estão completamente disciplinados para fazer aquilo que lhe for ordenado, sendo manipulados a seguir horários, gestos e discursos.
             Em concordância com o autor, destacamos que a sexualidade é definida pela produção histórica, política e contextual, sendo conservada por sistemas de valores familiares, culturais e sociais vigentes. E na escola é da mesma maneira, a sexualidade é normatizada. E o professor torna-se fruto de uma educação repressora.
             O tema corpo, gênero e sexualidade vem sendo espalhado pelos meios de comunicação, através de propagandas, programas infantis, filmes (Disney), novelas, revistas masculinas e femininas, internet, televisão, são vários estímulos voltados as questões de sexo e sexualidade. E diante de tudo isso as crianças vivem diariamente com cenas de sexo, são motivadas a erotização precoce, através da imitação de comportamentos sugeridos por músicas e coreografias, que estimulam a sexualidade e a sensualidade. É importante ressaltar que na maioria dos filmes, as imagens expressam os papeis de homem e mulher e frequentemente colocando o papel do homem como de autoridade, poder, domínio, e as mulheres submetidas aos caprichos dos homens. E quando aparecem como papel principal, são consideradas rebeldes, diferentes e corajosas, não sendo declarada como mulher comum. E com estas cenas as crianças buscam saber o porquê. Querem se descobrir como homens ou mulheres, querendo saber sobre as diferenças existentes entre si, e a escola deve dá o apoio neste processo. O PCN para o Ensino Fundamental, atribui aos tópicos corpo, sexo, sexualidade a condição de tema transversal, porém, infelizmente, são poucos trabalhados pelos educadores.

             A primeira educação sexual tem seu início nos primeiros contatos da mãe com o bebê, e em seguida ao adentrar na escola. Neste caso, o professor/a de educação infantil deve ter cuidado, pois são as experiências que marcam a existência do EU infantil, que está em formação e que vai se fixando na interação com o outro. As atividades e jogos realizados na escola de educação infantil são importantes princípios de diálogo e aprendizagem sobre corpo, gênero e sexualidade. É de grande relevância abordar a temática corpo, gênero e sexualidade, sendo realizada de forma prazerosa e firmar-se em projetos permanente na escola.

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